Portugal foi medalha de prata nos últimos ISA World Surfing Games realizados em em maio em França. Portugal foi medalha de prata nos últimos ISA World Surfing Games realizados em em maio em França. Foto: ISA quinta-feira, 21 dezembro 2017 11:00

WSL e ISA chegam a acordo sobre a qualificação para os Jogos Olímpicos 

Fez-se fumo branco e foi desvendado o processo de seleção para Tóquio 2020… 

 

As duas entidades que regem o surf a nível mundial, no carácter profissional e amador, World Surf League (WSL) e International Surfing Association (ISA), chegaram a acordo sobre o processo de seleção de atletas que irão participar nas próximas Olimpíadas - Tóquio 2020

 

A medida entre as duas entidades assegura a presença de surfistas da WSL, mas também visa promover oportunidades universais para outros surfistas espalhados ao redor do planeta. 

 

Em suma, dos 40 lugares disponíveis 18 serão preenchidos por surfistas do CT (Championship Tour), sendo 10 homens e 8 mulheres; enquanto os restantes 22 lugares serão determinados através dos ISA World Surfing Games a realizar em 2019 e 2020, bem como através dos Jogos Pan-Americanos que terão lugar em 2019 em Lima (Peru) e apenas uma vaga será atribuída ao Japão, país anfitrião dos Jogos Olímpicos. 

 

Com o apoio da WSL, as regras de qualificação olímpica da ISA exigem que todos os surfistas estejam disponíveis para representar as suas seleções nos próximos ISA World Surfing Games de 2019 e 2020, desde, obviamente, que sejam escolhidos pelas suas federações para participar nos eventos. 

 

Esta decisão, aprovada entre a WSL e a ISA, carece ainda de uma decisão final da Direção Executiva do Comité Olímpico Internacional (COI) para que o processo fique completo. Estas medidas serão agora analisadas na próxima reunião do COI, em fevereiro de 2018. 

 

O acordo encontrado entre as duas organizações vem em boa hora e reforça a posição de ambas no que toca ao sucesso do Surfing na sua estreia Olímpica, revelando uma colaboração forte entre o COI, a ISA (que representa todas as federações de surf) e a WSL (casa dos melhores surfistas profissionais). 

 

Da parte da WSL, a CEO, Sophie Goldschmidt, disse que “As Olimpíadas são uma incrível plataforma para qualquer desporto e o surfing pode beneficiar desta grande oportunidade em 2020 e, esperançosamente, até mais tarde. É essencial para o surfing que, através desta oportunidade, mostre todas as suas capacidades e para isso é preciso que os surfistas do CT participem. É fantástico que a ISA e a WSL, juntamente com os atletas, tenham chegado a um acordo de qualificação para 2020”. 

 

Já, Fernando Aguerre, presidente da ISA, referiu que “Estamos contentes pelo acordo histórico com a WSL através da participação de algumas das suas principais estrelas nos Jogos Olímpicos e ISA World Surfing Games. O apoio e colaboração com a WSL e os seus surfistas profissionais tem sido uma parte importante no nosso caminho Olímpico para Tóquio 2020 e além. O acordo não só reforça o nosso comprometimento em ter os melhores atletas a competir pelo ouro na estreia em Tóquio, mas também assegura que a competição em si reflete o acesso aberto e a universalidade do nosso desporto ao redor do planeta, em todos os cinco continentes”. 

 

Estão assim definidas as regras da qualificação para Tóquio 2020 (carecem de aprovação final do COI) que, a nosso ver, devem ser vistas sob uma perspetiva crítica e seguramente não são do agrado de todas as zonas de surf do globo. 

 

O que salta imediatamente à vista é precisamente o facto de os Jogos Pan-Americanos serem parte efetiva do formato de qualificação e este ser um evento claramente de cariz regional (América do Sul, Central e Norte). Assim, é de perguntar: por que nenhuma outra região do globo também tem provas de qualificação? No meio de tudo isto, como fica a Europa? África? Australasia? 

 

E já agora, através dos WSG e Pan-Americanos, qual é mesmo o critério para ser selecionado? Quem? Como? Que lugares dão acesso?

 

A informação já é alguma, mas ainda escassa e muito turva, pouco perceptível. Parece-nos claro, o continente americano, em especial a América do Sul, está a sair beneficiada neste processo. Vá-se lá saber porquê... 

 

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