As direitas quilométricas que construíram a fama de Jeffreys Bay. As direitas quilométricas que construíram a fama de Jeffreys Bay. Foto: WSL sexta-feira, 12 julho 2019 04:23

Os 3 surfistas do atual Championship Tour que têm vindo a dominar o J-Bay Open

Filipe Toledo teve duas vitórias avassaladoras estes dois últimos anos. 2017 e 2018.

 

A etapa do World Championship Tour da WSL o Corona Open J-Bay, que está a decorrer entre 09 e 22 de Julho, tem vindo a ser dominada estes ultimos 16 anos por:

Kelly Slater, Jordy Smith, Filipe Toledo, Joel Parkinson(já retirado) e Mick Fanning(já retirado). Mas apenas os 3 primeiros ainda competem no circuito de elite.

 

Kelly Slater

Slater venceu o evento em 2003, 2005 e 2008 (mas já havia vencido em 1996). A par de Mick Fanning, o norte-americano é o surfista que mais vitórias detém em Jeffreys Bay. Foi precisamente na década de 2000 que o antigo campeão mundial alcançou pela última vez o topo do pódio na África do Sul. No entanto, apesar da qualidade que lhe é reconhecida, Slater não sente o sabor da vitória (nem a chegada à final) em J-Bay desde 2008. As últimas temporadas têm sido lentas e mornas para o melhor surfista de todos os tempos, porém, não é carta fora do baralho para a edição 2019 do J-Bay Open. O norte-americano pode surpreender e ter até uma palavra a dizer caso as condições de Jeffrey's sejam adequadas.

 

 

Jordy Smith

Smith venceu o evento em 2010 e 2011. O gigante sul-africano foi construído e moldado em Durban, a “surf city” por excelência do país, mas não se deixem enganar: conhece Jeffreys como a palma da sua mão. As duas vitórias que conseguiu por lá, consecutivamente, são uma verdadeira prova da sua qualidade e conhecimento local. Neste momento, em quarto lugar no ranking mundial, pode aproveitar para subir à classificação máxima do Jeep Leaderboard e dar uma vitória de presente aos seus fãs. O ano passado ficou-se pelas meias finais e na edição 2017 numa só bateria, no Round 3, conseguiu dois 10, alcançando assim um score pontual combinado de 20 pontos. 2017 Jordy alcançou os quartos de final, em 2018 as meias finais, e em 2019 a final?...

 

Filipe Toledo

O vencedor das ultimas duas edições do J Bay Open e atual 3º classificado do ranking Mundial da WSL tem sido definitivamente o surfista que durante estes dois ultimos anos mais se destacou no universo da WSL. Em Jeffreys Bay já não testemunhávamos um domínio assim tão evidente desde há muito. Nesta mesma etapa em 2018 tudo pareceu demasiado fácil para ele, foi como se se tratasse de uma corriqueira volta pelo parque - e nem foi preciso voar muito! Este ano poderá vir a repetir o feito e saltar para a liderança do ranking, à imagem do que aconteceu o ano passado.

 

 

 

Joel Parkinson ( Já retirado do tour)

Parko venceu o evento em 2009 (mas já havia vencido em 1999 quando foi wildcard com apenas 18 anos de idade). Juntamente a Jordy Smith e Filipe Toledo, detêm cada um duas vitórias nas direitas de J-Bay. O surfista australiano, que gosta de usar o rail e meter pressão em fortes rasgadas, é, muito provavelmente, um dos que têm o surf mais indicado para as longas paredes de J-Bay. Na carreira, Joel tem quase tantos heats realizados por aqui quanto Slater (cerca de 66) e regista uns impressionantes 71 pontos percentuais de vitórias. A última vez que esteve presente numa final foi em 2014, precisamente com o amigo Mick Fanning que acabou por levar de vencida o duelo aussieInfelizmente Joel parkinson retirou-se do tour este ano que passou e por isso não compete.

 

 

 

Mick Fanning( já retirado do tour)

Fanno venceu o evento em 2002, 2006, 2014 e 2016. O australiano foi definitivamente um dos mais consistentes na etapa sul-africana, pois, além das vitórias alcançadas, ele também fez parte de todas as finais desde 2011… incluindo a de 2015, com Julian Wilson, que não terminou, devido à visita inesperada e aterradora de um tubarão-branco. De acordo com os dados, o desempenho de Fanning em Jeffreys só tem tendência a melhorar com o passar dos anos. Vejamos, em 58 baterias disputadas a percentagem de sucesso é de 81% (superando os 76% de Kelly Slater). Infelizmente, o tricampeão saiu de cena e não compete desde o ano de 2018. 

 

 

Dois surfistas não foram acima referidos embora também tenham vencido em J-Bay nos últimos 16 anos. Falamos do saudoso Andy Irons, que levantou o troféu em 2004, e de Taj Burrow, que venceu em 2007 e está também reformado do circuito CT.

 

Resta sublinhar que Jeffreys Bay é uma onda de performance que exige desempenhos de classe mundial. Juntamente a muitas outras do planeta Terra, é uma onda difícil, uma das que serve de base e ajudou a formar o conceito de “Dream Tour”.

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