Conner Coffin no 2016 Rip Curl Pro Bells Beach. Click Ed Sloane/WSL Conner Coffin no 2016 Rip Curl Pro Bells Beach. Click Ed Sloane/WSL terça-feira, 11 abril 2017 10:11

E AS CONDIÇÕES ALINHAM-SE PARA BELLS BEACH

A 3ª etapa do Championship Tour arranca esta noite.

São no minínimo entusiasmantes os primeiros reports sobre as condições no right point break de Bells Beach, onde dentro de sensivelmente 9 horas arranca a 3ª etapa do CT da World Surfing League.

 

Na manhã da inauguração da prova, são esperadas ondas consistentes de sudoeste (bem ao jeito do break) a oscilar entre os 5 e 8 pés, ainda que amparadas por uma brisa onshore. O vento, em todo o caso, deverá aumentar há medida que as horas avançam e pela tarde as ondas deverão apresentar-se um pouco mais agitadas, embora a ondulação se mantenha regular ao longo do dia.

 

Uma leitura aprofundada dos gráficos antecipa condições francamente animadoras pelo menos na primeira metade do campeonato que se estende até 24 de Abril. Por exemplo, na quinta-feira (13) é esperada uma quebra na ondulação que se estende até à manhã do dia 14, sexta-feira. Mas daí em diante, as previsões serão sempre a melhorar. Sábado são esperadas ondas a tocar os 5 e 7 pés, o que se deverá prolongar até segunda-feira, 17. O que se segue para os dias 18 a 20, contam-nos os gráficos, é uma tendência de melhoria, com uma ondulação bem sólida de sudoeste a fazer-se sentir em Bells Beach.

 

São indicadores que Frederico Morais, o representante português no Championship Tour, terá em conta ao longo dos próximos dias de treino e estudo sobre a configuração da direita de Bells Beach. A direita quebra em três pontos distintos - Rincon, Bell's Bowl e o break na praia - que se entrelaçam em ondulações mais musculadas. É uma onda power que ergue longas paredes, perfeitas para carves e repletas de secções que clamam por cutbacks, um desenho de onda que 'Kikas' se sente confortável em explorar. O potencial de Bells Beach revela-se na seu máximo esplendor em ondulações de sudoeste e ventos de noroeste, mas o break mostra resistência à presença de onshore.

 

Esse carácter resistente ficou bem demonstrado, por exemplo, no último dia de prova no ano passado. Ondas grandes e paredes sólidas que exigiram fluidez e destreza entre os competidores que participaram na última fase do campeonato. A final acabou por ser muito disputada entre Jordy Smith e Matt Wilkinson, com o último a levar a melhor.

 

 

Por agora, sabe-se que na prova deste ano 'Kikas' terá pela frente no seu primeiro heat a concorrência de dois atletas australianos: Joel Parkinson, que venceu a etapa em 2011; e Adrian Buchan, que teve com 'Kikas' um fantástico despique na última etapa, em Margaret River. Heat exigente à abrir, a requerer máxima concentração e motivação para seguir em frente.

 

Reações de Frederico Morais no Drug Aware Margaret River Pro from Surftotal TV on Vimeo.

 

Noutros heats de interesse, John John Florence, o actual campeão em título e o showman que presentemente lidera o ranking, tem por agora encontro marcado com Jeremy Flores e Glyndyn Ringrose, um dos wildcard da competição. O vencedor de Bells Beach na temporada passada, Matt Wilkinson, começa por defender o troféu diante de Mick Fanning e Jadson Andre. Já o multicampeão mundial Kelly Slater, que este ano ainda procura um resultado que o mantenha nos lugares cimeiros do CT, defronta Josh Kerr e Ian Gouveia.

 

A fechar esta antevisão, uma curiosidade: Bells Beach tem uma forte tradição em provas da World Surfing League, até porque é a praia que há mais anos acolhe competições de surf no mundo. E no que toca à WSL, as estatísticas mostram que nos últimos 33 anos, cerca de 75% dos vencedores desta prova acabaram ou por se sagar campeões mundiais ou por disputar o título.

 

Será que os números se vão revelar como que uma bola de cristal sobre a tendência da liga na presente temporada? É uma questão a conferir a partir de amanhã, pelas 7 horas, hora local, (21 horas de hoje em Lisboa) através da transmissão online assegurada pela World Surfing League.

 

RONDA 1:

HEAT 1: Matt Wilkinson, Mick Fanning, Jadson André
HEAT 2: Owen Wright, Miguel Pupo, Ezekiel Lau
HEAT 3: Gabriel Medina, Stu Kennedy e Leonardo Fioravanti
HEAT 4: Jordy Smith, Kanoa Igarashi, Nat Young
HEAT 5: Kolohe Andino, Jack Freestone, Samuel Pupo (WC)
HEAT 6: John John Florence, Jeremy Flores, Glydyn Ringrose (WC)
HEAT 7: Adriano de Souza, Caio Ibelli, Joan Duru
HEAT 8: Kelly Slater, Josh Kerr, Ian Gouveia
HEAT 9: Michel Bourez, Connor O'Leary, Ethan Ewing
HEAT 10: Joel Parkinson, Adrian Buchan, Frederico Morais
HEAT 11: Filipe Toledo, Conner Coffin, Bede Durbidge
HEAT 12: Julian Wilson, Sebastian Zietz, Wiggolly Dantas

 

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