A ajuda imediata dos surfistas foi fundamental A ajuda imediata dos surfistas foi fundamental wearesurfer.net quarta-feira, 14 setembro 2016 11:46

MOMENTOS DE TERROR EM NIAS, INDONÉSIA

Surfista Australiano Paul McGregor conta à surftotal o que aconteceu ao fotógrafo Keoki Saguibo



Mau bocado passado com surfistas,  desta vez em Nias, na Ilha de Sumatra na Indonésia.
Keoki Saguibo é um conhecido fotógrafo no mundo do surf, que se encontrava em viagem e a fotografar no paraíso das ilhas selvagens da indonésia. No passado dia 7 de Setembro, Keoki não contava acabar o dia num clínica na ilha de Nias.

A Surftotal conseguiu contactar o surfista australiano, Paul McGregor que não só presenciou todo o que aconteceu, mas foi a primeira pessoa a chegar junto do Keoki Saguibo. Estes foram os primeiros momentos de terror passados no paraíso da ilha de Nias na indonésia:


“ Ele estava dentro do tubo, caiu e quando veio ao de cima tinha a prancha partida e eu vi o corpo dele a boiar ao lado. Nos primeiros segundos achei que ele estava ali a boiar porque queria, mas depois estranhei os segundos a passarem e ele não se mexia. Remei logo na direcção dele, e aí ainda estava consciente e só dizia que não conseguia mexer as pernas. Comecei a remar para o levar para terra, e ele começou a perder os sentidos. Quando consegui chegar à beira de água, passados 20 minutos, estava exausto e o amigo dele (Trevor) já estava à espera dele.”
Foi um grande “wipeout” numa das melhoras ondas da indonésia. Keoki caiu severamente em cima da prancha, e a dor foi tão forte que todo o corpo entrou em choque e desmaiou.


Quando chegou à praia, Trevor verificou que todos os que estavam a ajudar estavam mais preocupados em o retirar da água, e ninguém estava a cumprir os mínimos para garantir que a coluna e a cabeça estavam protegidos, depois do que foi uma grande queda. Após ter garantido este apoio, a verdadeira aventura angustiante começou.
Keoki passou algum tempo a perder os sentidos e voltar ao seu estado consciente. Quando conseguiu perceber o que se estava a passar, entrou em pânico pois no princípio continuava sem conseguir mexer nem sentir as pernas. Passados 30 minutos, conseguiu sentir pela primeira vez os seus membros inferiores, o que fez crer que finalmente o seu estado estava a estabilizar.
Contado na primeira pessoa, o amigo Trevor conta a experiência deste momento, onde a ambulância demorou mais de uma hora a chegar, e quando chegaram nem sabiam colocar um colar cervical. A sorte ainda deu de si, uma vez que Trevor tinha o curso de primeiros socorros e 5 anos de experiência como nadador salvador, e ainda contaram com a preciosa ajuda de Carlos, ginecologista brasileiro e um quiroprático, Luke, que os acompanhou até à clinica mais próxima. Clinica esta que parecia segundo eles “ um hotel com camas de hospital com escassos equipamentos médicos”. Na manhã seguinte o objectivo era levar o Keoki até ao hospital de Singapura.

Ainda hoje o Keoki está no hospital em Singapura, e os resultados não poderiam ter sido melhores. A recuperação é demorada mas vai conseguir voltar a andar outra vez!
Neste momento tanto Keoki como a sua família e amigos tentam angariar fundos para ajudar a pagar o dinheiro gasto nas despesas de transportes e suporte médico, bem como na longa caminhada da recuperação. O site gofundme já tem uma página criada para este caso, e tu podes ajudar este surfista aqui

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