ONDAS DE PENICHE ATRAEM PROJETO DE MILHÕES

Empresa australiana prepara-se para instalar quinta energética à base de ondas… 

 

Trata-se de um projeto australiano, que ascende a mais de 120 milhões. Pelo menos é o que se diz por aí, mas desenganem-se: não é em prol do surf! Na verdade o que está a ser equacionado é a venda pura de eletricidade a partir da energia gerada pelas ondas de Peniche. 

 

Pelo menos parece ser este o objetivo da Bombora Wave Power Pty Ltd, uma empresa australiana sediada em Perth, que tem vindo a analisar e a estudar a possibilidade de gerar eletricidade através das ondas ao largo da península de Peniche. 

 

A Europa é líder nas energias renováveis e atualmente detém mesmo a maior rede no que diz respeito a esta área. Por isso, no passado mês de abril, a Bombora aproveitou para divulgar os estudos para a instalação de uma quinta energética no mar de Peniche. 

 

O estudo, conduzido com o apoio da Agência Australiana de Energias Renováveis, revelou que o custo da eletricidade produzida por esta iniciativa será comparável ao custo da eletricidade já obtida por outras fontes (energia eólica e solar) até 2023. 

 

Os resultados foram obtidos tendo como base uma quinta de ondas de 60MW. A mesma tem construção prevista a cerca de 700 metros da costa, regista uma extensão de 2.5 km onde irão figurar 40 conversores de energia que são patenteados pela empresa australiana. Estes conversores (ver figura 1), de um braço único de 60 metros aberto de dois lados, robustos e de estrutura sólida, estão submersos a uma profundidade de 10 metros (ver figura 2). 

 

Para levar o projeto de construção por diante, a Bombora também recorreu a alguns peritos industriais e fornecedores locais, assegurando sempre que a quinta não terá qualquer impacto ambiental uma vez que se encontra depositada no fundo oceânico. 

 

A primeira fase do projeto terá agora lugar no início de 2017, refere a Bombora, com a instalação de um primeiro conversor que servirá para atestar o desempenho e a resistência às intempéries do Oceano. 

 

Sobre isto, Sam Leighton, chefe executivo do projeto, comentou: “Após quase uma década de testes, estudos e melhoramentos, a tecnologia da Bombora é uma realidade mundial, competindo no espaço de um ano com outras fontes renováveis no lucrativo mercado da energia."

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