DIVERSOS TUBARÕES AVISTADOS NA ZONA DE ILHAVO/AVEIRO

João Velhinho e Henrique Marques, nadadores salvadores na Praia da Barra, avisaram a policia Maritima e enviaram fotos...

 

O tubarão-azul, tintureira ou guelha (Prionace glauca), é a espécie que mais popula as águas oceanicas em Portugal Continental. E hoje, dia 31de Agosto de 2015, na Praia da Barra em Ílhavo, dois nadadores salvadores e alguns banhistas avistaram alguns exemplares muito próximos da areia.

 

OS AVISTAMENTOS EM DIFERENTES ÁREAS DA PRAIA DA BARRA:

Segundo João Velhinho, Nadador Salvador, o primeiro avistamento foi feito por alguns banhistas. Era um pequeno animal com cerca de 80 cm que se encontrava a nadar muito proximo da areia e que parecia desorientado, pois  chegou a estar em areia quase seca. Nesta altura, segundo João, um dos banhistas tentou pegar nele para o colocar de volta à água e o pequeno animal tentou mordê-lo, numa reacção defensiva.Entretanto o animal afastou-se.

Após ser contactado pelos Banhistas, João dirigiu-se ao local e teve a oportunidade de ver um outro tubarão pequeno(talvez mais uma cria, ao qual tirou fotografias e enviou para a policia Maritima de forma a esta atuar em conformidade). Entretanto os avistamentos sucediam-se,  sendo que apenas com animais com um tamanho igual ou inferior a 1 metro de comprimento.

 

UM ANIMAL COM CERCA DE 2 METROS?

Já ao final da tarde, no mesmo local onde João estava a trabalhar como Nadador Salvador, duas pessoas vieram ter com ele um pouco alarmadas e disseram que tinham avistado à momento a cerca de 50 metros da Costa uma Barbatana a emergir e submergir. E segundo estas pessoas seria uma barbatana já de tamanho consideravel em que o animal poderia ter cerca de 2 metros de comprimento.

 

BANDEIRAS AMARELAS OU VERMELHAS PODEM SER IÇADAS CASO SEJAM DETECTADAS MAIS PRESENÇAS:

Segundo Henrique Marques, este tipo de avistamentos não são normais tão proximos da Costa:-"Eu estava a trabalhar no odinot(zona da Pria da Barra" e apareceu lá este pequenito(ver foto acima) a polícia marítima falou com os nadadores e deu as tais instruções das bandeiras (soube porque o meu patrão me contou hoje). Em alto mar nos anos anteriores dizem alguns pescadores locais que de vez em quando apareciam mas era raro, e na Costa Nova mesmo, penso que nunca (só golfinhos, como na semana passada). Penso que seja das correntes quentes porque a água tem estado quente e estes predadores quando sentem fome arriscam a vida em novas águas à procura também de um habitat para ter crias". Relata Henrique à Surftotal.

 


COSTA PORTUGUESA CHEIA DE  TUBARÕES:


A costa portuguesa tem mais de trinta espécies diferentes de tubarões, entre elas o famoso tubarão-branco que costuma passear-se nas águas do mediterrâneo junto ao Algarve.

Segundo João Correia, Biólogo Marinho, e especialista em tubarões, em declarações ao blog anamar59.blogspot.pt prova disso mesmo são os números da FAO – Organização para a Agricultura e Alimentação, das Nações Unidas – que coloca Portugal entre os países que mais tubarões e raias captura por ano: mais de 15 toneladas.


"A costa portuguesa está cheia de tubarões. Apesar da abundância de espécies, o número de exemplares tem vindo a diminuir, muito por culpa da pesca excessiva", explica o biólogo marinho João Pedro Correia, especialista em tubarões, autor da investigação ‘Pesca Comercial de Tubarões e Raias em Portugal’.


No topo das espécies mais frequentes na costa portuguesa encontram-se o tubarão-azul, o tubarão-anequim e o gigante tubarão-frade. "Aparecem toneladas de tubarões-azuis nas nossas docas, capturados por engano pelas redes dos pescadores", afirma o biólogo, também conselheiro do Oceanário de Lisboa, sublinhando que "é cada vez mais frequente serem encontradas espécies, tipicamente características das zonas tropicais, em latitudes acima da de Portugal".


Segundo o especialista, esta situação acontece devido ao aquecimento global e ao aumento da temperatura média do mar. "Não é um problema que afecte somente os tubarões. As pessoas ainda não se mentalizaram de que o aquecimento global existe mesmo e que já se faz notar há muitos anos. Há uns tempos foram encontrados espadartes em Inglaterra, uma coisa impensável", esclareceu.


"HIPÓTESE DE ATAQUE É MÍNIMA" (João Pedro Barreiros Biólogo Marinho da Universidade dos Açores)
Pergunta do Jornal Correio da Manhã – Qual a probabilidade de se ser atacado por um tubarão?
João Pedro Barreiros – É mínima. É quase mais provável ganhar-se o Euromilhões semana sim semana não, até ao final da vida, do que ser-se atacado por um tubarão numa praia portuguesa.

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