ELES ESTÃO A POSTOS PARA OS WQS

São sete os surfistas portugueses que compõem a armada lusa!

 

Pois bem, já se acabou o tempo de descanso. Os instagrams e páginas oficiais de facebook dos atletas já dão conta dos treinos e preparação para o que aí vem. O nome até pode ser diferente – World Surf League vem substituir a Association of Surfing Professionals – mas o esquema é o mesmo. A par das provas do campeonato mundial, arrancam em breve as de qualificação. E é por lá que, este ano, vamos poder ver sete portugueses. São eles Tiago Pires (38.º), Frederico Morais (40.º), Vasco Ribeiro (56.º), Nicolau von Rupp (66.º), José Ferreira (84.º), Marlon Lipke (88.º) e Tomás Fernandes.



A primeira das provas do calendário WQS já terminou e deu a vitória a Kolohe Andino. O Shoe City Pro, um evento QS1000, ou seja, o equivalente aos antigos QS de 1 estrela, decorreu em Huntington Beach com o norte-americano a mostrar o que vale. Terminada a primeira prova, o WQS segue agora para o Havai, onde a 29 de janeiro arranca o Volcom Pipe Pro, com o estatuto de QS3000, e vencido por Kelly Slater no ano passado. E por lá, devemos encontrar alguns dos surfistas portugueses.



Embora tenha declarado recentemente, em entrevista ao Record, que não tem como prioridade competir em todas as provas do WQS, Tiago Pires admitiu fazê-lo em algumas das paragens. Resta saber se o Havai é uma delas. Para já, Saca confessou que quer viajar, surfar sem pressão. “México, Chile, Indonésia que quero explorar um pouco mais. Quero aproveitar o inverno europeu para estar “on call”. Ir para onde houver boas ondas sem pensar em treinos e ginásio, sem pensar se me posso ou não magoar…”, dizia.

 

Sobre uma participação na Liga Moche, Tiago acrescentou: “Se estiver cá e não interferir com nada, não me faz mal nenhum. Até é bom dar um pouco mais de luta ao circuito. Mas ser campeão nacional não passa pelos meus objetivos…”, disse.

 

Frederico Morais assumiu que o seu objetivo a partir de agora é a qualificação para o World Tour. “É um objetivo ambicioso e que vai requerer muito trabalho e muito esforço da minha parte. Sei que sou capaz e que é possível, mas eu não sou o único a lutar por um lugar na elite mundial do surf. É difícil dizer quando me vou qualificar porque existem muitas coisas que não dependem de nós, mas o que estiver ao meu alcance e que eu possa fazer… eu vou fazer. Vai haver momentos de tristeza e outros de glória, provavelmente mais derrotas que vitórias, como em tudo na vida, mas é para isso que cá estamos para enfrentar novos desafios e sairmos da nossa zona de conforto”, disse Kikas.

 

O ano de 2014 para este surfista do Guincho foi um “bom ano”. “Um ano em que subi no ranking e que senti que cada vez estou mais perto do meu sonho. Sei que há coisas a melhorar e coisas a aprender e foi assim que vi este ano. Tive bons resultados… foi um ano consistente para mim e o mais importante: sinto-me a surfar bem e a divertir-me a fazer aquilo que faço, que é o mais importante”, avança.

 

O surfista que recentemente lançou um novo vídeo confessou ainda, no seu Facebook, estar “de baterias recarregadas e pronto para começar esta nova temporada, cheio de sonhos, objectivos”, lê-se.

 

Quanto a Vasco Ribeiro, o ano de 2014 não podia ter sido melhor. Levou o prémio de campeão nacional (pela terceira vez), de campeão europeu projunior e acima de tudo trouxe para Portugal o título de campeão mundial júnior da ASP. “Estou muito feliz, nem tenho palavras! É um sonho. Era um dos meus objetivos no início da época e reflete o trabalho de um ano inteiro”, dizia o surfista na altura com apenas 19 anos. Mas este ano, o objectivo é focar-se na qualificação.

 


José Ferreira, também ele a competir no WQS este ano, confessou também que “o objetivo é a qualificação para o World tour!” “Claro que as coisas não acontecem de um dia para o outro, e que é um trabalho que precisa de aprendizagem, experiência e dedicação, mas é para isso que eu trabalho!”, diz.



Quanto a 2014, “o objetivo foi atingido”. “Acabei dentro do top100! Foi bastante intenso, aconteceu um pouco de tudo. No princípio do ano, e em seguimento dos anos passados, trabalhei como nunca antes na minha vida, viajei tudo o que pude, treinei até não conseguir mais e quando os campeonatos começaram, não estava a conseguir passar para dentro dos heats, o que eu tinha andado a treinar. As coisas nao estavam a coincidir, estava a fazer tudo bem, mas algo não batia certo na hora da competição. Mas continuei a trabalhar e já no final do verão, em Pantin, perdi na primeira ronda e acho que foi ai que as coisas mudaram”, recorda. 

 

“Lembro-me de nunca me ter sentido tao mal de ter perdido a maioria dos campeonatos deste ano. Continuei a trabalhar, e no campeonato seguinte, prime dos Açores, as coisas começaram a correr melhor. Depois deste veio Cascais, onde simplesmente comecei a confiar nas minha escolhas dentro de água, a confiar nas minhas capacidades e tudo mudou. Consegui mudar a minha visão da competição e da maneira como me sinto e olho para ela, e acho que descobri e aprendi um pouco mais sobre como ser melhor! Acabei então com um campeonato em Haleiwa onde me senti muito contente de poder competir pois é um campeonato que sempre sonhei fazer, especialmente fazendo-o com todos os Portugueses que eu comecei a fazer surf, mais o Tiago que realmente apoiou-nos a todos e é na verdade uma honra ter o apoio de alguém como ele!”, diz ainda.

 

Recentemente no seu Facebook, o surfista do Guincho confessou ainda: “Talvez o melhor ano da minha vida! Que venha o próximo!”, revela o surfista que tem combinado as sessões de surf com ginásio como podes ver aqui.


Quem também tem andado em várias sessões de surf é Marlon LipkeTomás Fernandes e Nicolau von Rupp. Depois da estreia do seu novo projecto, “My Road Series”, no Cinema São Jorge, que foi um sucesso, o surfista tem aproveitado o swell de inverno, que tanto aprecia, mas também já andou pela Sierra Nevada. 

 

Ainda assim, não hesitou quando coube a agradecer a todos aqueles que assistiram à estreia da série de quatro documentários informais que nos levam até aos principais palcos do surf mundial. “Encontro me sem palavras para descrever o dia de ontem. Queria agradecer a todos os que vieram e deixar um enorme pedido de desculpas àqueles que infelizmente já não conseguiram entrar. Informaram-me que foram poucas as vezes que o cinema São Jorge esgotou, nem que seja por isso, podemos dizer que o Surf Português fez História”, escrevia o surfista da Praia Grande no seu Facebook no passado dia 17 de dezembro.

 

Para Tomás Fernandes o ano de 2014 também foi positivo. Recebeu o troféu de campeão nacional Projunior e de melhor júnior da Liga Moche. Em 2015 terá, devido ao patrocínio da Billabong, a oportunidade de correr o WQS, motivo que deixou o atleta muito feliz. Por agora tem andado em sessões de surf na Ericeira, mas no final do ano passado ainda deu um saltinho à Califórnia

 

 

Quanto a Marlon Lipke, além de aproveitar as ondas do Algarve, onde reside, o surfista andou pela costa galega onde se juntou a Oscar Vales, Jaji Iglesias e Yannick de Jager. O encontro resultou neste vídeo.

 

PT

 

 

 

 

 

Itens relacionados

Perfil em destaque

Scroll To Top