PICO DO PONTÃO ( PORTO DE MAR) DE MATOSINHOS TEM PRODUZIDO BOAS ONDAS

Alguns bons momentos de surf captados neste spot que apenas funciona com ondulação forte de Noroeste ou ondulação menos exigente de Sudoeste ou Oeste, por Edgar Pereira

 

São diversos os spots, que durante a altura das grandes ondulações que chegam a Portugal, recomeçam a funcionar após a temporada de tempo ameno e de ondulações de menos consequência, de Verão. Matosinhos é um desses spots, e mais precisamente o pico do pontão do Porto de Mar, na zona mais a Norte daquela praia. A Surftotal esteve com Edgar Pereira, fotógrafo e surfista e com ele encetou dois dedos de conversa sobre esta onda e algumas fotos que Edgar teve a amabilidade de partilhar connosco.

 

Nome, idade e local?

Sou o Edgar Pereira, tenho 38 anos e sou natural de Matosinhos.(nasci, vivo e surfo).

Como surgiu a  tua ligação ao surf?

A minha ligação ao surf enquanto praticante, surge no inicio dos anos 90. Acho que foi um processo natural e evolutivo pois, desde tenra idade, na praia, as brincadeiras no mar, a construção de castelos, as actividades de limpeza de praias, os jogos de futebol, os fins de tarde que terminavam todos a beira-mar, os amigos com fortes ligações a comunidades piscatórias determinaram o meu gosto… e claro está… os Pais, que sempre me apoiaram sem deixarem de me incutir um sentido de responsabilidade e respeito pelo mar.

A ligação ao mar deu te o quê?

A ligação ao mar despertou a curiosidade pela náutica e pelo registo fotográfico nesta dimensão. Sempre respeitei o mar, e o mar também sempre me respeitou e é por este respeito mutuo que continuamos numa relação de grande diversão/prazer. É este respeito que pretendo transmitir aos mais jovens e aos que se iniciam no contacto/exploração com o mar através de actividades como o surf.

 

Os primeiros passos nesta àrea?

“Fotografo” desde os meus 6 anos através do lápis e papel, o registo fotográfico foi a 1ª forma de registar o que me rodeava.
Com recurso às maquinas, o inicio foi no final dos anos oitenta, mas apenas em momentos familiares e com amigos.
E mais a sério, em 94, quando enveredei por um curso de artes e ofícios na escola secundária Augusto Gomes, em Matosinhos. Render-me à fotografia foi quando fiz o levantamento fotográfico de um histórico e emblemático hotel na baixa do Porto e da ribeira do Porto.

Fotografia apenas relacionada com as atividades aquáticas?


Sempre quis explorar as diversas actividades onde estive envolvido, tênis, todo-o-terreno, natação e claro, o surf. Quando tive a oportunidade de adquirir uma máquina subaquática, e equipamento que me permitiu olhar por um visor e em milésimos de segundo ter a capacidade de observar e de fazer parte do que está a ser observado… nunca mais quis parar!

 

Que espaço ocupa a fotografia de surf na tua vida?

A fotografia de Surf não ocupa a exclusividade, mas dá-me imenso prazer registar, rever e partilhar. Quando me é dada a possibilidade, gosto de deixar um cunho mais conceptual por ter um gosto especial pela performance do corpo. A cultura visual está em constante mutação e nesta área muito há a explorar, dando-nos liberdade para seguir o nosso instinto.

Algo mais a dizer?


Aceitam-se trabalhos, projectos, partilha de ideias… e sinto-me com rodas, por isso se incomodar… empurra!

*quando falo em surf, reuno o bodyboard, bodysurf e o SUP.

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