Rookies voltam a dominar a ação em Snapper Rocks; prova pode passar para Kirra
Dia de competição deixa quartos de final alinhados…
O quarto dia do Quiksilver Pro Gold Coast foi carregado de ação e viu as rondas 3 e 4 (eliminatórias) serem realizadas em Snapper Rocks, deixando a competição nos quartos de final. Em ondas de 1,5 a 2 metros, mais mexidas e exigentes que o dia anterior, com mais corrente, mais imprevistas e com mais vento, foram, uma vez mais, os “rookies” que deram que falar.
Como já tínhamos mencionado, vale sublinhar que o fim das repescagens intermédias foi uma das novidades anunciadas pela WSL para este ano. Ou seja… na prática o Round 2, que também é de repescagem, irá manter-se em ambas as divisões, mas o Round 5 desaparece na grelha masculina e o Round 4 na feminina. No Heat anterior a essas fases, que é composto de três elementos, passam agora os dois primeiros classificados (aos 1/4 de final) e apenas o 3.º lugar é eliminado da competição (em 9.º lugar).
Round 3
Destaque para a vitória de Mick Fanning sobre Conner Coffin no Heat 2. O australiano parecia motivado em chegar longe e pensou-se mesmo num grande resultado, mas, como vamos poder ler mais à frente, não foi bem assim.
No Heat 4, num confronto de titãs, Filipe Toledo venceu Italo Ferreira, mas por uma diferença curta (14.60 vs. 13.70). No entanto, uma vitoria importante e galvanizante.
Mikey Wright, o “wildcard” do evento, voltou a surpreender no Heat 6 ao afastar Gabriel Medina. Depois de JJF, foi a vez do campeão mundial de 2014 tombar frente ao australiano.
No Heat 8, Frederico Morais começou melhor, mas depois o japonês Kanoa Igarashi tomou contou da bateria, tendo vencido com duas notas na casa dos sete pontos (7.33 + 7.93), enquanto Morais apenas registou dois pares de cinco (5.43 + 5.67). O português volta a despedir-se em 13.º lugar na primeira prova do ano.
Os rookies voltaram a conquistar o seu espaço, com Tomas Hermes a superar Kolohe Andino (Heat 3), Griffin Colapinto a fazer as malas ao Rei de Snapper, Joel Parkinson (Heat 9) e Michael Rodrigues a cilindrar nada mais nada menos do que Jordy Smith. É cedo de mais para se falar, mas isto parece mesmo o render da guarda…
Heat 1: Owen Wright (AUS) 14.50 def. Willian Cardoso (BRA) 9.04
Heat 2: Mick Fanning (AUS) 11.67 def. Conner Coffin (USA) 7.37
Heat 3: Tomas Hermes (BRA) 12.40 def. Kolohe Andino (USA) 9.60.
Heat 4: Filipe Toledo (BRA) 14.60 def. Italo Ferreira (BRA) 13.70
Heat 5: Adrian Buchan (AUS) 13.36 def. Jeremy Flores (FRA) 13.10
Heat 6: Mikey Wright (AUS) 16.07 def. Gabriel Medina (BRA) 14.90
Heat 7: Julian Wilson (AUS) 7.30 def. Michael February (ZAF) 7.10
Heat 8: Kanoa Igarashi (JPN) 15.26 def. Frederico Morais (PRT) 11.10
Heat 9: Griffin Colapinto (USA) 13.50 def. Joel Parkinson (AUS) 12.94
Heat 10: Adriano de Souza (BRA) 15.07 def. Wade Carmichael (AUS) 13.60
Heat 11: Michel Bourez (PYF) 12.50 def. Connor O’Leary (AUS) 6.43
Heat 12: Michael Rodrigues (BRA) 15.00 def. Jordy Smith (ZAF) 14.40
Round 4
Nesta fase, que é agora de eliminação direta (apenas perde o 3.º lugar do heat), destaque uma vez mais para Owen Wright - vencedor da prova em 2017 - que alcançou o maior score do dia, 17.00 pontos (8.00 + 9.00), e se vê numa ótima posição para alcançar novamente um grande resultado. No mesmo heat, Mick Fanning fazia a despedida do evento ao terminar em terceiro. Na despedida de Snapper o tricampeão mundial ofereceu a prancha a um jovem fã que o aguardava à beira de água (vídeo em rodapé).
Na bateria seguinte foi a vez de Mikey Wright sucumbir frente a Ace Buchan e Filipe Toledo. Michael Rodrigues e Griffin Colapainto também agarantiram o apuramento e juntaram-se a Tomas Hermes nos 1/4 de final.
Heat 1: Owen Wright (AUS) 17.00, Tomas Hermes (BRA) 11.20, Mick Fanning (AUS) 10.43
Heat 2: Filipe Toledo (BRA) 15.70, Adrian Buchan (AUS) 14.60, Mikey Wright (AUS) 11.20
Heat 3: Julian Wilson (AUS) 15.97, Griffin Colapinto (USA) 13.83, Kanoa Igarashi (JPN) 11.67
Heat 4: Michel Bourez (PYF) 13.97, Michael Rodrigues (BRA) 13.83, Adriano de Souza (BRA) 13.53
No alinhamento do 1/4 de final constam três australianos, um taitiano, um americano e três brasileiros. Austrália e Brasil são definitivamente as maiores potências do surf mundial, mas vale realçar que duas das presenças brasileiras são “rookies” (estreantes) o que nos levar a crer que o Brasil é também melhor na formação e na preparação do futuro do desporto.
QF 1: Owen Wright (AUS) vs. Adrian Buchan (AUS)
QF 2: Filipe Toledo (BRA) vs. Tomas Hermes (BRA)
QF 3: Julian Wilson (AUS) vs. Michael Rodrigues (BRA)
QF 4: Michel Bourez (PYF) vs. Griffin Colapinto (USA)
Para as senhoras o dia foi de folga, uma vez mais, mas quando voltarem à água são as meias-finais que terão lugar:
Heat 1: Lakey Peterson (USA) vs. Malia Manuel (HAW)
Heat 2: Sally Fitzgibbons (AUS) vs. Keely Andrew (AUS)
Com as condições a ficarem piores em Snapper Rocks, à medida que o swell sobe devido ao ciclone tropical, poderá haver a possibilidade da prova mudar para Kirra Point, algo que já não acontecia desde 2013 - e na altura foi um autêntico espetáculo.
Snapper pode mesmo ficar fora de controlo. Contudo, só saberemos mais logo, por volta das 21 horas, quando será dado o novo “call”. Parece-nos que esta vai ser uma noite de muito trabalho (na Austrália).
Acompanha a ação em direto, a partir das 21 horas, neste LINK.