Emoções ao rubro no Billabong Pipe Masters 2017. Ontem, com a realização do Round 2, vimos Frederico Morais ser eliminado da grelha competitiva (pelo finalista de 2016, Kanoa Igarashi) e com esse afastamento precoce da competição (em 25.º lugar) o português acabou por perder o troféu de estreante do ano (Rookie of the year). 

"O que tiro de melhor deste ano é a requalificação e o facto de poder a viver tudo isto novamente no próximo ano! Não estou contente por o ano ter terminado desta forma mas posso dizer que me diverti muito em 2017 e que senti o apoio de todos, por isso, obrigado a todos! Agora, vou trabalhar no meu surf e procurar melhorá-lo em todos os aspectos. Felizmente, tenho a sorte de viver em Portugal e em temos tantas boas ondas, pelo que espero que este seja um bom inverno, com boas ondulações", afirmou o surfista depois do heat.

Foi, sem dúvida, um ano para a memória com Kikas a fazer o impensável por inúmeras vezes, deixando a nação cheia de orgulho, mas o requisito à partida para esta última etapa, era o de ficar apenas à frente do seu direto adversário - o australiano Connor O’Leary - e esperar que o francês Joan Duru não alcançasse a final.

Ora, Duru perdeu igualmente no R2, mas já O’Leary qualificou-se diretamente para o Round 3, gorando por completo os objetivos e legítimas aspirações do português.

O australiano, que na verdade se encontra atrás do português no ranking (Kikas é 13.º, Connor é 14.º), melhorou assim um dos seus piores resultados e, mesmo tendo terminado eliminado na terceira fase da competição (frente a Kanoa Igarashi, Heat 11), acabou por ficar num 13.º lugar final, ultrapassando Morais nas contas finais do ranking por apenas 50 pontos:

Frederico Morais 29.900 pontos 

Connor O’Leary 29.950 pontos

Para o ano há mais. Obrigado Kikas pelo esforço e por todas as alegrias que nos deste ao longo desta temporada competitiva. No seu ano de estreia entre a elite, o português deve terminar entre os primeiros quinze lugares do ranking.