Hegemonia brasileira no circuito mundial de surf
As contas e os cenários a ter em conta na reta final…
Sabemos bem que ainda falta disputar uma etapa do Championship Tour, será a 11.ª da temporada, o Billabong Pipe Masters, em Banzai Pipeline, a realizar entre 8 e 20 de dezembro, e ainda esse tão importante QS10,000 em Sunset Beach (25 de novembro a 6 de dezembro), mas… se o World Tour terminasse neste preciso momento, o Brasil teria 11 presenças entre os 32 lugares que compõem a elite mundial *.
Por si só, isto é caso de análise e atesta por completo a ideia de que o Brasil não só é uma das maiores potências mundiais do surf, mas é também, na atualidade, uma das maiores “escolas” (ou fábrica) de surfistas de gabarito internacional.
No WQS (circuito mundial de qualificação), após o QS10,000 de Haleiwa, a WSL fez saber que os seis primeiros classificados do ranking estão já garantidos para o CT 2018. Entre eles, quatro são brasileiros: Jesse Mendes (1.º), Tomas Hermes (4.º), Yago Dora (5.º), Willian Cardoso (6.º). A estes juntam-se Italo Ferreira (10.º) e também Michael Rodrigues (11.º). Este último beneficiaria da entrada direta de Kanoa Igarashi via CT (em 20.º lugar).
Do lado do CT são cinco os nomes a salientar entre o top 22: Gabriel Medina (2.º), Adriano de Souza (7.º), Filipe Toledo (9.º), Caio Ibelli (18.º) e Miguel Pupo (23.º). Este último a beneficiar, claro, do afastamento já anunciado e confirmado por parte do australiano Bede Durbidge (22.º) que faz em Pipe a sua última prova como profissional.
A verificarem-se estas contas e cenários, após o QS10,000 em Sunset Beach e o Billabong Pipeline Masters (CT), a nação Brasil teria 11 fantásticas presenças asseguradas no World Tour 2018, um terço dos surfistas que compõe a elite mundial. Simplesmente notável.
Logo atrás, a Austrália, representada com oito atletas: Wade Carmichael, em 8.º no WQS; e Julian Wilson (4.º), Owen Wright (5.º), Matt Wilkinson (6.º), Joel Parkinson (11.º), Mick Fanning (12.º), Connor O’Leary (14.º) e Adrian Buchan (15.º) a virem do Championship Tour.
Entretanto, conhece as contas da qualificação para o português Vasco Ribeiro. E já agora, também o que precisam os quatro candidatos ao título para alcançarem o cetro mundial.
* O Top 34 do WCT masculino é composto pelo Top 22 da presente temporada + Top 10 do WQS (excluídos os surfistas que terminam entre o Top 22 do CT) + 2 Wildcards.
O Top 17 do WCT feminino é composto pelo Top 10 da presente temporada + Top 6 do WQS (excluídas as surfistas que terminam entre o Top 10 do CT) + 1 Wildcard.
- Tomas Hermes, um dos brasileiros que conseguiu a qualificação, marca por um surf veloz e consistência, com jogo aéreo pelo meio. Foto: WSL/Keoki Saguibo