Frederico Morais, hoje, nos Supertubos. Frederico Morais, hoje, nos Supertubos. Foto: Rita Neves terça-feira, 24 outubro 2017 18:29

Mick Fanning põe um travão no sonho de Frederico Morais

Quarto finalistas definidos no MEO Rip Curl Pro Portugal… 

 

A realização de duas rondas (a quarta e a quinta) e meia dúzia de chamadas no período da manhã marcaram mais um dia de competição do MEO Rip Curl Pro, 10.ª etapa do World Championship Tour da WSL que tem período de espera até 31 de outubro. 

 

Depois do terceiro lugar na bateria do Round 4 (aqui), Frederico Morais voltou a competir no último heat do Round 5 onde contou com uma derradeira hipótese para se manter em prova. 

 

 

O adversário de serviço foi nada mais nada menos do que Mick Fanning, tricampeão mundial e que já venceu por duas vezes o mundial de Peniche (2009 e 2014). O australiano, um verdadeiro senhor do surf, contou com a estrelinha da sorte, pois, logo na sua primeira onda, encontrou um longo tubo para a direita onde veio a registar a melhor nota do heat: 8.50 pontos. 

 

Depois disso, Fanning fez mais cinco ondas até conseguir encontrar uma onda de 3.37 que foi o seu backup na bateria. Kikas, por sua vez, reagiu com 5.17 na sua terceira onda e mais tarde com 4.83 na sua última, mas andou a correr sempre atrás do prejuízo e ficou a precisar de 6.71 para passar para primeiro, numa fase em que o tempo estava praticamente esgotado. 

 

 

O surfista australiano pôs assim um travão no sonho de Frederico, que ambicionava chegar mais longe no evento e dar (mais) um presente à legião de fãs portugueses. Sendo em casa, obviamente que teria um sabor diferente, mas um 9.º lugar final não é mau e deixa o português em boa posição no ranking mundial. 

 

Uma coisa sabemos: vai continuar a ser o melhor “rookie” (estreante) do tour, pois o australiano Connor O’Leary, apesar do bom desempenho, também foi afastado no Round 5 (frente a Sebastian Zietz). 

 

“Foi um heat muito difícil. Tivemos vários heats difíceis aqui no passado e o Frederico é extremamente esperto e confiante a surfar. Eu comecei o heat de forma forte, mas não consegui encontrar uma segunda nota. Não sinto que tenha estado na minha melhor forma, quase não sentias as pernas. [Sobre o heat contra Medina, amanhã, nos quartos-de-final] o Gabriel é um surfista incrível, que entra nestes ritmos assustadores em que fica imparável. Ainda assim, em condições desafiantes, qualquer um pode ganhar. Espero sentir-me melhor amanhã quando acordar e dar um bom espetáculo”, refletiu Mick Fanning.

 

Já Frederico acabou por afirmar: “Ia ser sempre um heat difícil. O Mick Fanning é tricampeão mundial e um surfista fantástico. Comecei com prioridade nas direitas e fui numa onda que era pequena. Logo a seguir, o Mick teve aquele 8.50. Devia ter esperado e sido mais paciente. Não o fui e, por vezes, estes erros acabam por custar-nos heats. Acho que foi isso que aconteceu, até porque no final precisava apenas de um 6.71 e não consegui encontrar nenhuma onda. Estou triste porque é uma prova em casa e gostava de ter chegado mais longe. Estava a sentir-me bem e as ondas estavam divertidas. Para o ano há mais. Ainda assim, solidifiquei o meu lugar no ranking e ainda estou na corrida ao título de “Rookie do ano”, o que é bom. Vai ser um final de ano divertido no Havaí”.

 

Para amanhã, quarta-feira, que deverá ser o último dia de competição e tem chamada marcada para as 7h45, são os quartos de final que têm lugar. A previsão é muito idêntica para hoje, com swell de oeste de 2,2m e período a aumentar para 14-15 segundos. O vento, orientado de sul, vai começar a soprar mais intensamente a partir das 10h. 

 

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