Anticiclone ao largo de Inglaterra está a condicionar chegada de ondulação à costa portuguesa

Pedro Bicudo, investigador e professor no Instituto Superior Técnico e cientista especializado em física do surf explica à Surftotal estar neste momento a acontecer um fenómeno anormal nesta altura do ano.


  
Muitos de nós, com certeza, se têm vindo a questionar sobre o porquê desta pausa de ondas(o vulgar flat) que já dura há mais de duas semanas na costa oeste portuguesa.


A Surftotal foi falar com Pedro Bicudo, investigador e professor no Instituto Superior Técnico e cientista especializado em física do surf que explica à Surftotal estar neste momento a acontecer um fenómeno anormal nesta altura do ano. Este fenómeno tem a ver com a situação estacionária de um anticiclone de grandes dimensões ao largo da costa oeste Inglesa, zona normalmente caracterizada por criar constantemente baixas pressões (tempestades e ventos fortes) de onde são proveniente grande parte das ondulações que atingem a Costa Oeste de Portugal Continental.
 
Também outro fenómeno, contrário ao normal, tem a ver com outra zona de baixas pressões, normalmente localizada ao largo dos Açores de onde surgem as ondulações do quadrante Oeste para Costa Portuguesa, só que mesmo este sistema de baixas pressões tem vindo a funcionar contrariamente ao normal e enviado as ondulações para Sul. Ou seja no sentido contrário da Costa Oeste de Portugal Continental.

 

MAIS UMA SEMANA SEM ONDAS?
Mesmo para o inicio desta próxima semana a previsão de chegada de uma ondulação provocada por uma baixa pressão a Oeste de Inglaterra, fará chegar, segundo Pedro Bicudo, e de uma forma ténue algumas ondas devido à sua direção demasiado Norte e não Noroeste como é normal. Ou seja vamos ter de aguardar que esta crista de anticiclone não fique estacionária durante muito mais tempo naquela zona para voltarmos a ter ondulações consistentes na Costa Oeste de Portugal Continental.

Apesar deste cenário algo inesperado e desolador para esta altura do ano, dia 29 de Abril, Sábado, e segundo as previsões da Marinha Norte Americana todo este cenário poderá mudar.(conforme podemos verificar na imagem abaixo)
     


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