Mais de um milhão de hectares (1,013,340), abrangendo as águas ao largo de Cagayancillo bem como a sua costa, juntamente a 80 mil hectares de Aborlan, na província de Palawan, acabam de ser declaradas Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) das Filipinas. 

A medida faz parte de uma iniciativa conjunta da World Wide Fund for Nature (WWF) e da Fundação Segré e visa reconstruir a população de peixe do Triângulo de Coral, mudando para isso a forma como as pessoas olham para as zonas protegidas. 

As AMPs são, na verdade, porções de mar que estão protegidas por lei, estabelecidas pelos governos locais e administradas pelas comunidades costeiras. De acordo com os registos, as Filipinas detêm 1557 zonas protegidas, mais do que qualquer outro país do Sudeste Asiático. Estes pequenas enclaves marítimos providenciam portos seguros e vitais para a vida marinha, ao mesmo tempo que atraem o turismo. 

Infelizmente, a maior parte das AMPs sofre de falta de fundos e no total apenas umas 100 são administradas convenientemente. 

Muitas AMPs foram inicialmente vistas pela população como algo negativo, pois foram pensadas para proteger a biodiversidade marinha, proibindo a pesca desmensurável e prejudicando assim a economia e os pescadores locais que simplesmente pescavam à porta de casa. No entanto, na última década, a alternativa passou por criar zonas de pesca próprias, pondo assim a WWF as necessidades humanas em primeiro lugar. 

A iniciativa apoia-se em algo muito simples: sustentabilidade significa viabilidade. Por esse motivo, existe um trabalho conjunto com a indústria do marisco e do setor do turismo de forma a que estes financiem e controlem todas as iniciativas de pesca sustentável nas AMPs. 

Cagayancillo, graças à sua vasta zona costeira e marítima, é agora a maior AMP das Filipinas.