Cientistas alemães alertaram para subida do nível do mar. Cientistas alemães alertaram para subida do nível do mar. Foto: Rita Neves segunda-feira, 01 fevereiro 2016 15:22

AUMENTO DO NÍVEL DO MAR É LARGAMENTE SUPERIOR AO CALCULADO

A amplitude do aumento do nível do mar, em consequência do aquecimento dos oceanos, tem sido subestimada...

 

A amplitude do aumento do nível do mar, em consequência do aquecimento dos oceanos, tem sido subestimada e é quase o dobro do que tinha sido anteriormente calculada, alertaram no final de janeiro cinco cientistas alemães.

 

O aquecimento global provoca violentas tempestades, explicaram os cientistas, cujos resultados do estudo foram publicados na revista norte-americana da Academia Americana de Ciências (Proceedings of the National Academy of Sciences), uma das revistas científicas com maior fator de impacto.

 

O nível do mar pode subir devido ao degelo e à expansão da água com o aquecimento. Até agora, os investigadores estimavam entre 0,7 e 1 milímetro o aumento anual do nível do mar associado ao aquecimento global. No entanto, depois de lerem atentamente os mais recentes dados de satélite, referentes ao período entre 2002 e 2014, concluíram que o nível do mar aumentou anualmente 1,4 milímetros.

 

"Até agora, subestimámos até a ligação entre o aquecimento global e o aumento do nível do mar", afirmou o professor universitário Jurgen Kusche, um dos autores do estudo.

 

O aumento do nível do mar, por todas as causas, foi de 2,74 milímetros por ano. "O degelo das calotas polares contribuiu para o aumento de 1,37 milímetros por ano", explica o estudo.

 

O trabalho revelou ainda que o aumento do nível médio das águas do mar varia conforme a região do mundo, sendo cinco vezes superior à média mundial na zona das Filipinas, e sendo praticamente inexistente no noroeste do oceano Atlântico, ou seja, na costa oeste do Canadá e dos Estados Unidos, por exemplo.

 

O estudo foi feito pelos investigadores Roelof Rietbroek, Sandra-Esther Brunnabend, Jürgen Kusche, Jens Schröter e Christoph Dahle, num projeto conjunto do Instituto de Geodesia e Geoinformação, da Universidade de Bona, do Instituto Alfred Wegener para Investigação Polar e Marinha e do Centro de Investigação Alemão para Geociências.

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