MIGUEL BLANCO: “SEREI CANDIDATO AO TITULO QUANDO TIVER O MEU SURF APRIMORADO”

Talentoso jovem surfista da Linha do Estoril falou em exclusivo sobre o futuro e a temporada que passou...

 

Aos dezanove anos, Miguel Blanco é um dos surfistas lusos que faz parte da armada futura do surf português. Com dois títulos nacionais sob a sua alçada, de sub-12 e sub-16, fomos encontrar o talentoso surfista da Linha do Estoril nas águas quentes do Havai onde irá passar uma larga temporada. Com muito ainda para dar ao surf nacional, eis então o que o promissor atleta se encontra a preparar para 2016.

 

 

Havai novamente… e logo durante mais de dois meses. Deduzimos que o objetivo seja preparar a próxima temporada competitiva. Com isso em mente, que condições e vantagens encontras no North Shore?

A estadia no Havai, durante dois meses e meio, tem em vista melhorar o meu nível de surf e, por outro lado, surfar o mais possível e passar o máximo de tempo dentro de água. No Havai as ondas são completamente diferentes às que temos na Europa e isso é positivo. As ondas daqui exigem mais preparação física e são muito mais rápidas que as europeias. Por isso, foi um investimento pessoal que decidi fazer ao passar dois meses e meio por aqui. Pelo caminho vou tentar aprimorar o meu surf e explorar um bocadinho o surf em ondas maiores.

 

O que consideras ser o melhor e o pior do Havai?

O melhor do Havai é a vivência do surf que por aqui existe, bem como a quantidade e diversidade de boas ondas. Estão sempre a entrar ondulações diferentes e existem várias alternativas ao redor da ilha onde podemos encontrar sempre um nível bastante bom na água. Já o pior é capaz de ser o crowd que, realmente, não é muito bom por aqui.

 

A teu ver, qual a onda do North Shore que mais se adapta ao teu surf?

Não há nenhuma que se adapte verdadeiramente ao meu surf, mas as que mais gosto de surfar são Pipeline e Rocky Point. Anteontem também surfei os bowls de Ala Moana e fiquei maluco com a onda, gostei bastante.

 

 

Que balanço fazes desta época competitiva?

Bem, ainda está a ser uma vez que ainda vou disputar a última etapa do WQS*, mas tive momentos altos como em todas as temporadas. Obtive uma vitória no início do ano, um 12º nos ISA, um segundo lugar na Liga Moche e também consegui umas quantas participações em quartos de finais homem-a-homem do Projunior. Enfim, tive uns resultados. Por isso, acho que houve uns bons picos e acabou por ser uma época positiva.

 

* N.A.: Miguel Blanco perdeu na sexta-feira na ronda 2 do HIC Pro frente aos locais Benji Brand e Travis Beckmann, no heat 15, ver reportagem aqui.

 

Apesar de ótimo, o 10º lugar final na Liga Moche ficou a saber a pouco. Um dos objetivos para 2016 é melhorar essa posição?

Claro que ficou um pouco a desejar, mas não estive presente em todas as etapas e isso também não ajudou. Também tive um segundo lugar, no Porto, mas depois não tive um bom resultado de back up que ajudasse às contas do ranking.

 

 

Para quando um Miguel Blanco candidato ao cetro nacional?

Penso que serei candidato ao título nacional quando tiver o meu surf verdadeiramente aprimorado. Quem sabe, é uma coisa que acontece naturalmente e até pode ser que para o ano esteja na luta pelo título.

 

Por último, como vês o panorama do surf nacional neste momento?

O surf nacional está a crescer e cada mais se quebram mais barreiras. Por isso, é continuar a trabalhar, acompanhar e ir sempre para cima deles!

 

As marcas que apoiam o Miguel Blanco são a Polen Surfboards, KIA, Original Lanyards, Prozis e Joaquim Chaves Saúde.

 

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Entrevista: AF // Fotografia: Arquivo Pessoal (reverse air) & Ricardo Bravo (remada e rasgada).

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